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quinta-feira, 29 de março de 2007

Asas do destino

Se era o meu destino, pois que fosse assim.
Naquela manhã o vento estava forte e mais frio que o de costume.
Do alto do penhasco eu avistava os primeiros raios de sol.
Desde que havia nascido, a altura não havia sido problema, mas hoje, especialmente hoje um certo receio me dominava.
Durante toda a minha vida meus pais me haviam preparado para aquele dia. Muito havíamos conversado e, apesar do receio, a ansiedade pela hora "h" se mostrava muito maior.
Não tinha medo de cair, isto já acontecera uma vez quando caí do ninho.
Meu pai, um falcão rei, em um simples e espetacular mergulho, alcançou-me a meio caminho da morte certa.
Não ficou impune a minha queda. No alto de minha coxa esquerda ainda resta a cicatriz deixada pela poderosa garra de papai.
Meu pai era um belíssimo exemplar de nossa espécie, talvez o maior falcão da região. Seu piar era ouvido longe e tanto como ele, respeitado e temido por todos.
Jamais alguém ousou invadir seu território.
Mamãe, como toda fêmea, tinha um porte menor, mas não por isso era menos bela.
Muito me orgulhava de meus pais.
Até aquele dia, haviam se revezado em muitos cuidados com minha criação.
Nem quero imaginar o quanto foi dura a decisão no momento de escolher entre meu irmão e eu. Foi a lei da natureza, eu era maior, mais forte, eu tinha mais chance de sobrevivência.
Enquanto não pude ficar só no ninho, cada um deles tomava conta de mim.
Era sempre assim, um comigo no ninho, o outro em busca do alimento, da caça.
Por falar em caçar... meu pai era um mestre nesta arte.
Avistava seu objetivo a quilômetros de distância.
Raríssimas as vezes em que o vi perder um ataque.
Meu pai tinha um nome a zelar... ave de rapina!
Não me canso de falar, o quanto eu me orgulhava e ainda me orgulho dele!
Um dia ainda seria um falcão como ele. Astuto, rápido, forte, seguro da minha capacidade, dono de um vôo régio.
Mas, a hora é chegada - frio na barriga - meu primeiro vôo.
Minha mãe passou muito de meu tempo de vida mostrando o que eu deveria fazer e agora, com sua asa aberta, era um exemplo de como deveria me posicionar, em relação ao vento.
Ela não fazia movimento algum, o vento ascendente, junto ao penhasco, batia em suas asas e pronto, mamãe se punha no ar.
Diminuía a envergadura e pronto, de volta ao ninho. Meu pai, sempre de poucas palavras, posicionou-se, no que agora sei, num ponto estratégico.
Caso eu não conseguisse, ele novamente faria uso de seu mergulho veloz e de suas garras poderosas e, sabe lá Deus, eu ganharia uma nova cicatriz!
Lentamente, mas com segurança, mamãe usou seu bico e me levou, com leves empurrões, para a ponta da pedra onde meses atrás, junto com meu pai, construíra nosso lar.
O vento alvoroçava minhas penas. Minhas asas vacilantes não obedeciam a minha vontade de voar, mas ao meu receio de cair.
Minha mãe... incentivando. Meu pai... calado, sério, observando. Abri um pouco as asas e senti a força do vento empurrando meu corpo.
- Isso filho! Abre mais! ...Mãe é mãe!
Mais um pouco e quase levantei do chão.
Meu corpo se desequilibrou, eu caí para trás.
- Levanta! Falou meu pai, com voz de quem quer ser obedecido.
Inseguro, trêmulo, me levantei e retornei à escarpa.
Respirei fundo e ... asas abertas... pés fora do chão, sacode daqui pr'ali , dali pr'aqui.
- Estou voando, estou voandooooo!!!
- Calma! Mais uma vez meu pai grita.
Minha asa esquerda se fecha com o susto, eu caio... me esborracho na pedra.
Pela primeira vez no dia de hoje, vejo meu pai com semblante calmo.
Se aproxima e com toda paciência diz:
- Filho, voar é uma arte que requer ciência e consciência.
Até que você assuma dentro de si, o vôo como seu meio de locomoção.
Até que o incorpore aos seus reflexos, você terá que usar seu cérebro.
Terá que pensar o tempo todo. Não deixe que a excitação tome conta da sua inteligência!
A forma tranqüila e firme com que meu pai falou naquele momento, me deu uma segurança tão grande, que prontamente me levantei e fui direto para a ponta do penhasco.
Respirei fundo, abri minhas asas e deixei que o vento me elevasse.
A cada movimento, por mais leve que fosse, pude observar que meu corpo ia para um lado ou para outro.
Um leve mexer da cauda e prontamente era correspondido e aí, um novo movimento.
- Vamos filho, vamos nos afastar do penhasco. Não tenha medo, estou a seu lado. Mais uma vez a voz firme de meu pai me dava segurança.
Um leve movimento de asas, um pouco mais para trás e lá fui eu... quanto mais atrás, mais veloz. Que coisa deliciosa é a velocidade!
- Calma filho, uma coisa de cada vez.
Aprenda a sentir o vento, use as correntes de ar.
Aprenda, vamos, aprenda!
Meu pai a meu lado, voando comigo, mais uma vez me sentia orgulhoso!
O dia foi passando e logo eu estava pronto, já voava sozinho.
Meus pais, lá no alto do penhasco, me observando.
O olhar terno de minha mãe e o peito elevado de meu pai diziam tudo.
Eu agora sabia voar, aos poucos iria caçar e um dia seria um falcão rei e dominaria um território, igualzinho a meu pai.
- Voar! Que coisa magnífica!
Me lembro de uma lenda que meu avô contou.
Falava de uma gaivota que se rebelou.
Uma gaivota especial que não quis ser como as outras e vir ao mundo apenas para se alimentar e procriar.
Ela queria mais, ela queria voar.
Voar mais alto, voar mais bonito, fazer manobras... fazer do vôo uma arte! Fernão... acho que este era seu nome.
Fernão viveu e morreu por seu objetivo.
Talvez um dia eu faça isso... talvez um dia eu experimente novos vôos. Talvez um dia eu precise ousar mais.
Talvez um dia eu vá mais alto e mais rápido, mas por hora me contento em ser com eu pai... um falcão rei.
- Amor! Amor! Acorda! Acorda! Hora de trabalhar!
- Você dormiu lendo o livro do Richard Bach.
Olha só, amassou o livro todo!
- Nossa, tive um sonho tão lindo!
Não sou um falcão! Puxa, mas foi tão real!
- O que? Do que você está falando?
Que falcão é este?
- Depois eu conto.
Sabe amor, tenho tanto orgulho de meu pai! -
Amor, tem certeza de que está bem?
- Estou ótimo, ótimoooooooo!

(Por: Marcos Woyames de Albuquerque)

domingo, 25 de março de 2007

O preço da "Evolução Moderna"


Criança da cidade grande nunca subiu em abacateiro, catou jabuticaba do tronco, chupou manga no pé. Não conhece o sabor da uvaia,o cheiro da goiaba verde, nem a alegria de encontrar um pé de morango silvestre. Não mordeu caule de azedinha e erva-doce ou fez coleção de pedrinha. Não sabe a diferença entre sabiá e beija-flor, borboleta e mariposa, palmeira e jatobá. Nunca pescou tilápia no rio, tomou banho de cachoeira.

No século passado, criança, bicho do mato e planta tinham uma natureza só. Crescer saudável era levar picada de abelha, mordida de cachorro, queimadura de taturana, tirar carrapato, espinho e bicho-de-pé. Fugir de enxame de abelha, esbarrar em urtiga, coçar mordida de mutuca, pisar em formigueiro e caco de vidro, ralar perna e joelho, arrancar farpa da mão e tampa do dedão. Chafurdar na lama e escorregar em monte de estrume.

As maiores delícias da infância eram: correr descalço na tempestade, chupar cana, rapadura, quebra-queixo, machadinha, maçã do amor, chupeta de açúcar e pé-de-moleque.

Criança de antigamente nunca fez terapia. Tinha medo de sapo-boi, aranha, cobra, morcego e escorpião quando saía para caçar vagalume no meio da escuridão. E também de lobisobem, assombração, chupa-cabra, mula-sem-cabeça, do canto da coruja e de cachorro uivando pra lua.
Nós que aprendemos a ser bicho do mato até em terrenos baldios, privamos nossos filhos das delícias de ser a criança que fomos: as gerações adultas dos útimos 50 anos degradaram dois terços da natureza.

Em nome do progresso, transformamos florestas em lavouras e pastagens, mudamos o curso dos rios, implantamos hidrelétricas, rasgamos estradas, construímos grandes cidades, erigimos prédios e fábricas, asfaltamos ruas, sujamos rios, espantamos passarinhos, dizimamos animais. Para gerar riqueza e crescimento, poluímos a terra,a água e o ar. Também não conseguimos fazer uma boa distribuição de renda.

Nossos filhos pagam o preço, obrigados a se proteger atrás das grades. É claro que você e eu não podemos barrar o curso das coisas. Assim caminha a humanidade. Mas não se espante se seu filho aparecer com um discurso em defesa da floresta, da preservação da água doce e dos animais em extinção. Ele provavelmente descobriu pela Internet que nem tudo no mundo é artificial.

Se ele pedir para separar o lixo reciclável, colabore. Aceite quando ele recomendar que não jogue papel no chão nem deixe a torneira aberta enquanto escova os seu dentes. Ajude o ecossistema quebrando o cimento estéril do seu quintal. Plante uma árvove. Se vc mora em apartamento, cultive um vaso de flor, mantenha restos de frutas na varanda para atrair passarinho, pendure na janela um bebedor de água com açúcar para alimentar colibri.

Ah! E não reclame do videogame do seu filho, nem diga a ele que infância de verdade foi a que você teve.

Cada um vive seu tempo. E escreve a própria história.

Homenagem a Tom Jobim


"Quem diz tudo o que quer dizer? A gente sempre escala sobre o mais importante - porque as palavras não são capazes de traduzir as nossas misérias." (Camila Morgado, em "A Casa das Sete Mulheres")


Em 25 de Janeiro Tom Jobim completaria 80 anos. Na homenagem da Rede Globo, curiosamente, a imagem dele que mais me ficou foi a leitura do Poema da Necessidade, de Drummond:

É preciso casar João,
é preciso suportar Antônio,
é preciso odiar Melquíades,
é preciso substituir nós todos.

É preciso salvar o país,
é preciso crer em Deus,
é preciso pagar as dívidas,
é preciso comprar um rádio,
é preciso esquecer fulana.

É preciso estudar volapuque,
é preciso estar sempre bêbado,
é preciso ler Baudelaire,
é preciso colher as flores
de que rezam velhos autores.

É preciso viver com os homens,
é preciso não assassiná-los,
é preciso ter mãos pálidas
e anunciar o FIM DO MUNDO.

Um resumo do especial, que abre com a leitura do poema, pode ser visto aqui, http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM626857-7823-UMA+HOMENAGEM+A+TOM+JOBIM,00.html,

O Dom de Escrever...

“Escreve-se para não ser solitário e por AMOR aos outros;
Se você não tiver essa solidariedade, é bobagem escrever.”
(Ignácio De Loyola Brandão)



Tudo que acontece no mundo nos faz acreditar ou desacreditar em algo; e pra cada volta dada, coisas novas recompõem os nossos sensos. Nesse círculo da vida, a natureza nos faz andar em caminhos vindos da nossa própria mente, assim como todas outras formas de vida.

Felicidade foi a única palavra que se formou em momentos de puro vazio no coração, e fez sentido pra nós, quando sentimos que o vazio não era bom.
Ainda que estejamos cegados pela escuridão do orgulho humano, nosso simples coração conhece o caminho da luz. A resposta para tudo pode não estar distante; se sondarmos nossa própria essência, nós podemos encontrar a simplicidade para amar tudo que existe na natureza, que também é uma parte de nós. Não apenas o amor que sentimos pelas coisas que estão próximas, mas pelo universo; por tudo que foi criado por Deus para receber o puro olhar dos nossos olhos e o mais doce toque das nossas mãos. Esta é a maior das descobertas.

Deixe o amor se tornar um em você; abra os olhos para ver essa verdade, você verá o que é maior do que a condição humana, que é a porta para o paraíso desconhecido à nossa frente.

(Isac Teixeira da Silva)

Palavras de amor, do próprio amor.




Palavras de amor, do próprio amor.

Rafaela Assunção

Queria falar de amor...

Desses do cinema, que nos fazem arrepiar só de imaginar. Dos mocinhos e das donzelas, das aventuras inimagináveis...Do amor da dramaturgia que faz do impossível o momento de se viver.

Queria falar de amor...


Desses dos jardins dos livros, dos encantos das mocinhas recollhidas entre as flores, enrubecidas e envergonhadas, dos lencinhos caindo sem querer, num bem querer de ternura a encantar a masculinidade dos apreciadores do bom jeito de mulher.

Queria falar de amor...

Desses dos contos de fadas, das princesas encatadas, dos pomposos salões de baile, das inimizades de reinados, das mortes passionais, de cavalos brancos, encantos desfeitos, bruxas maldosas e castelos de príncipes.

Queria falar de amor...

Desses das canções, reprimidos pela distância e ilusão, salvos em melodias cheias de poesia, que enobrecem os casais apaixonados, e choram as separações.

Queria falar de amor...

Daqueles que se calaram, que não amadureceram no tempo certo, que passaram despercebidos por olhares pouco atentos, que dissiparam num instante de lágrimas e dor.

Queria falar de amor...

Daqueles que nunca vieram, que ficaram perdidos ou aprisionados numa atmosfera de orgulho e ódio, e perderam-se em devaneios, em oportunidades desperdiçadas, em ocasiões em que tudo o que se deveria dizer era "sim", mas deu-lhes o "não".

Queria falar de amor...

Daqueles não experimentados, do beijo não roubado, do instante não aproveitado, da carícia mal feita, e do abraço desfeito quando o coração suplicava pela estranheza de um afago, do dengo de amor que podia se ter...simplesmente negado.

Queria falar de amor...

Desses e daqueles...só queria falar de um amor...que não se torna antiquado, que não se dissipa num instante...de um amor com um pouquinho de razão, um amor de badalar o coração, de despertar emoção... um amor de verdade. Com um pouquinho desse, e quem sabe um pouco daquele...um amor que eu queria falar, mas que teme em falar por mim.

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Como esquecer um amor? Fácil, se ele não for carinhoso ou chegar, permanecer ou sair sem beijo, não der atenção ou não enviar carta perfumada. Vou esquecer um amor, se ele não tiver toques, demonstrando ter a pele como uma pétala macia e gostosa. Se não aparentar ter lembrança, e, nem telefonar-me na hora mais estranha do mundo.

Como esquecer um grande amor? Talvez não imaginando em se deitar com ele no limiar noturno em busca de um lugarzinho para ver a lua sorrindo. Ou achar que dá até para tocá-la, assim, anestesiados pela paixão repentina, pela noite também estrelada ou pelos abraços sinceros que completam o romântico ambiente.

Não esquecer um amor é fazer indiferentes as grandes diferenças. É distrair do universo e se reparar pensando em estar dançando no parque, onde a única música é o assobio de um singelo e atencioso passarinho, notório. Só está ali para testemunhar o que para muitos seria um casal de bobos dando saltos, comemorando o nada ou como se tivesse acabado de ganhar na loteria.

Está certo, vou esquecer um grande amor já tentando deixar de escrever esta ou tentar dormir sem travesseiro porque o amor seria um grande conforto que lembraria do pescoço o amigo. Também não mais irei sorrir para não recordar do sorriso e vou fechar os olhos para não lembrar do olhar. Impossível! Se fecho os olhos a primeira coisa que poderia me aparecer seria aquele par de olhos me fitando, olhando, chamando, clamando, suplicando, torcendo para que eu fique de olhos abertos; melhor permanecer de olhos abertos.

Não esquecer um amor é contar os minutos para receber uma notícia ou até a presença desta pessoa amada e lembrada sempre. É achar os seus defeitos uma bobagem e suas qualidades as mais relevantes até então vistas ou conhecidas. É consertar um equívoco ou controvérsia com uma simples troca de palavras.

Não esquecer um amor é ver nele todo personagem cinematográfico ou achar que toda música foi feita para ele. É olhar para todos os lados e achar tudo maravilhoso. É reparar na beleza da vida e eventualmente até se esquecer dos problemas. É ficar um tempo extasiado, não reparar a conversa alheia, gostar de vento frio ou querer tomar banho na chuva, duvidar que seja verdade, excitar-se só de pensar no grande amor. Sorrir quando se deve chorar ou estar em prantos quando era para estar alegre.

Não esquecer um grande amor é bater palma para todo mundo ou se preocupar se a pessoa amada está bem ou se pelo menos ela sabe que tem alguém se preocupando com ela. É querer ser médico, dar colo, ser o ombro, ser o ouvido, tudo o que ela precisa em qualquer momento do dia e da noite. É querer ser acima de tudo companheiro. É trabalhar para chegar ao cargo máximo de companheiro, a maior promoção da vida do grande amor.

Não esquecer um amor é fazer da felicidade dele a grande responsável pela sua. Não esquecer um grande amor é difícil desde que seja fácil esquecer que ele pode ter vindo velho, novo, pobre, rico, doente, sadio, preto, branco amarelo e até verde, maduro ou não. Eu desisto, não tem como esquecer um grande amor. Mesmo que fique a eternidade sem vê-lo .
João Lenjob

A MULHER SELVAGEM PODE SER QUALQUER COISA A QUALQUER HORA...


"E então, o que é a Mulher Selvagem? Do ponto de vista da psicologia arquetípica, bem como pela tradição das contadoras de histórias, ela é a alma feminina. No entanto, ela é mais do que isso. Ela é a origem do feminino. Ela é tudo o que for instintivo, tanto do mundo visível quanto do oculto - ela é a base. Cada uma de nós recebe uma célula refulgente que contém todos os instintos e conhecimentos necessários para a nossa vida.

Ela é a força da vida-morte-vida; é a incubadora. É a intuição, a vidência, é a que escuta com atenção e tem o coração leal. Ela estimula os humanos a continuarem a ser multilíngües: fluentes no linguajar dos sonhos, da paixão, da poesia. Ela sussurra em sonhos noturnos; ela deixa em seu rastro no terreno da alma da mulher um pêlo grosseiro e pegadas lamacentas. Esses sinais enchem as mulheres de vontade de encontrá-la, libertá-la e amá-la.

Ela é idéias, sentimentos, impulsos e recordações. Ela ficou perdida e esquecida por muito, muito tempo. Ela é a fonte, a luz, a noite, a treva e o amanhecer. Ela é o cheiro da lama boa e a perna traseira da raposa. Os pássaros que nos contam segredos pertencem a ela. Ela é a voz que diz, "Por aqui, por aqui".

Ela é quem se enfurece diante da injustiça. Ela e a que gira como uma roda enorme. É a criadora dos ciclos. É à procura dela que saímos de casa. É à procura dela que voltamos para casa. Ela é a raiz estrumada de todas as mulheres. Ela é tudo que nos mantém vivas quando achamos que chegamos ao fim. Ela é a geradora de acordos e idéias pequenas e incipientes. Ela é a mente que nos concebe; nós somos os seus Pensamentos."

"Se as mulheres querem que os homens as conheçam, que eles realmente as conheçam, elas têm de lhes ensinar algo do seu conhecimento profundo. Algumas mulheres dizem que estão cansadas, que já se esforçaram demais nessa área. Sugiro humildemente que elas estiveram tentando ensinar um homem sem vontade de aprender. A maioria dos homens quer saber, quer aprender. Quando os homens demonstram essa disposição, é a hora de fazer revelações; não apenas a esmo, mas porque mais uma alma perguntou. "

"O companheiro certo para a Mulher Selvagem é aquele que tem uma profunda tenacidade e resistência de alma, aquele que sabe mandar sua própria natureza instintiva ir espiar por baixo da cabana da alma de uma mulher e compreender o que vir e ouvir por lá. O bom partido é o homem que insiste em voltar para tentar entender, é o que não se deixa dissuadir."

"Portanto, a tarefa primitiva do homem consiste em descobrir os nomes verdadeiros da mulher, não em usar indevidamente esse conhecimento para ganhar controle sobre ela, mas, sim, para captar e compreender a substância luminosa de que ela é feita, para deixar que ela o inunde, o surpreenda, o espante e até mesmo o assuste. Também para ficar com ela. Para entoar seus nomes para ela. Com isso os olhos dela brilharão. E os dele também."

"É bom ter muitas personas, colecioná-las, costurar algumas, recolhê-las à medida que avançamos na vida. Quando vamos envelhecendo cada vez mais, com uma coleção dessas à nossa disposição, descobrimos que podemos ser qualquer coisa, a qualquer hora que desejemos."

"Colheste um verso ao invés de flores dos meus olhos, minha pele silvestre já não se cobre mais,o cheiro de alecrim invadiu entorpecente tudo que tocaste dentro de mim.Eis a fúria que habita minhas retinas tontas de sal:esse teu ser incandescente que docemente cega minha busca anterior de outra atmosfera...O invólucro suave de tuas mãos que dançam sobre meus espinhos armazenando todo éter que antes era solto no invisível e que hoje tem os contornos da tua boca silente fechada em sorrisos inefáveis."



"Ela sorveu a alma dele como vinho
Como quem se embriaga até do ar
Ele lhe deu seus olhares em troca
Desnudou suas mil faces
Tocou com seus mil e duzentos tipos de toque
E tinha tanta coisa ali, um perfume, uma ausência,
um querer...
um sorriso meio aberto, meio fechado,
como pétala de flor indecisa

Passaram-se muitas tardes, muitas esperas
ainda lá estava ela
Com o mesmo frescor de outrora
E nenhuma vaga nuvem nos olhos
Mantidos enfeitiçados pela longa expectativa
Dos encontros,
Dos sabores,
Das venturas inesperadas
Dos sonhos que mornos esperavam seu completo despertar...
(AD)

Texto que recebi por e-mail...

quinta-feira, 15 de março de 2007

Hino à Vida


A vida é uma oportunidade: agarra-a.
A vida é beleza: admira-a.
A vida é felicidade: saboreia-a.
A vida é um sonho: realiza-o.
A vida é um desafio: enfrenta-o.
A vida é um dever, cumpre-o.
A vida é um jogo: joga-o.
A vida é preciosa: cuida dela.
A vida é uma riqueza: conserva-a.
A vida é amor: goza-o.
A vida é um mistério: descobre-o.
A vida é promessa: mantém-na.
A vida é dor: supera-a.
A vida é um hino: canta-o.
A vida é uma luta: aceita-a.
A vida é aventura: arrisca-a.
A vida é alegria: merece-a.
A vida é vida: defende-a.
(Madre Teresa)

Será que sei viver... ou ainda estou presa no meu casulo???



Se estou só... talvez não seja por nunca encontrar ninguém
mas sim por sempre o afastar.
Se estou triste talvez não seja por algum motivo próprio de tristeza
mas sim porque me permito este estado de espiríto.
Se sou agressiva é porque ainda não sei me expressar... ou talvez não queira demosntrar algo mas acabo demonstrando, e da pior maneira possível.
Arrrumar motivos e causas para minhas mudanças de humor... só eu as conheço e as desconheço...
Só sei que sou frágil, qdo tento passar que estou forte!
Que estou alegre as vezes não estando por não ter coragem de enfrentar meus medos e angústias...
É sou agressiva... ? (Ou será que é uma forma de me ser)
Ou será que sei não falar... falar qdo se realmente preciso!
Só sei que tento a cada dia superar minhas fraquezas e aprender com minhas quedas!
E principalmente NUNCA mais deixar me levar e me entregar ao DESÂNIMO e DESISTIR dos meus objetivos e anseios...
Espero nas rodas da vida, não ferir tanto as pessoas para que assim eu e elas aprendamos a viver!




Há pessoas que não sabem o que é o sorriso.
E por isso o trocam por uma lágrima.
Não sabem o que é um canto.
E o trocam por um grito de agonia.
Não sabem o que é uma amizade.
E a trocam pela antipatia.
Não sabem o que é o amor.
E o trocam por um grande ódio.
Não sabem o que é a paz.
E a trocam pela intriga.
Não sabem o que é a verdade.
E a trocam por um mundo corrido de mentiras.
Não sabem o que é uma flor, uma árvore, uma paisagem.
E trocam-nas por uma poluição desenfreada
Não sabem o que é o diálogo.
E se trancam dentro de si mesmas.
Não sabem o que é união.
E vivem isoladas.
Não sabem quem é Deus.
E o trocam por superstições vazias.
Não sabem o que é vida.
E vivem trocando-a pela morte.
Todas estas trocas são feitas
porque o mais cômodo tem caminhos mais fáceis.
Mas a verdade é uma só: lutar; servir e perseverar
As trocas pelo mais cômodo, pelo mais fácil,
não levam alugar nenhum.
Pelo contrário: atrapalham,
esvaziam, machucam e destroem...

quarta-feira, 14 de março de 2007

Eu Acredito em Você!


Emprega o teu tempo na construção de qualquer coisa que possa ser dividido ou colhido por mais de uma pessoa, assim garantirás a tua lembrança sempre com um pensamento bom.

O tempo livre que podes conseguir, emprega-o na boa leitura, e se puder, leia para alguém que não pode ler, seja porque é cego do corpo, ou cego pelo analfabetismo que ainda campeia por aqui.

Se tiveres vontade de reclamar, observa o mundo ao teu redor, visita os menos felizes que ti, em hospitais sem vagas, em UTI's geladas e entre fios que parecem ligados á morte, em orfanatos cujos bracinhos parecem sempre esperar por um abraço, e nas ruas, quando perceberes os famintos dormindo ao relento, imagine-se deitado ali e cala a tua reclamação, transformando-a em motivos para lutar um pouco mais.

Se o governo te preocupa, por tantos escândalos e desmandos, respeite os sinais quando estiver dirigindo, não jogue papel nas ruas e quando for a praia não deixe rastros de sujeira.

No trabalho seja solidário, apresente boas idéias, chegue antes da hora, trabalhe oferecendo o seu melhor, evite intrigas.

Na sua casa, seja amoroso, respeite as idéias dos familiares, fale baixo.

Na rua onde você mora, procure saber o que fazer para ajudar a transformá-la em uma rua melhor, plante uma árvore diante da sua casa.

A política começa na nossa vida e se espalha pelo mundo.Se os relacionamentos andam frios e complicados, mude de lado, dê o que você gostaria de receber, liberte-se dos sonhos e complexos antigos.

Há uma nova oportunidade em cada novo amor, e um novo amor em cada velho caso.Por fim, quando estiveres diante do mar, reverencie Deus, feche os olhos em sinal de respeito, deixe a brisa quase que salgada, tocar o teu rosto e o sussurro do vento vai te fazer uma confissão: viver é o maior tesouro que Deus confiou a essa pessoa especial que é você!

Eu acredito em você!

(texto de Paulo Roberto Gaefke)

Amor por ti...



Sinto amor por ti, algo como um rio que corre, fluindo em direção ao grande mar.

E peço, com silêncio e vontade, proteção para o caminho que escolheste percorrer;

peço para que este traga o que teu coração tanto pede, para estar sempre em conexão com a luz que a tudo banha e renova.

Peço amplitude para que a tua visão interior possa estender-se para além dos limites que os teus medos ainda impõem na esperança vã que permaneças sozinho, dependente de ilusões.

Peço consciência para que a tua coragem abra os campos floridos do teu ser para que corras em liberdade, em agradecimento pelo céu que te cobre, pela terra que te dá sustentação, pela água que sacia tua sede, pelos ventos mornos que acariciam teus cabelos...

Peço amor para que possas empreender a tua jornada sem sofrimento, sem solidão, compartilhando com os teus o que de mais sagrado alguém pode sentir e ofertar.

Que a tua alegria seja grande,que teu riso chegue aos ouvidos de Deus como um convite a celebrar a vida, a vida que pulsa em cada milímetro do teu ser.


Olha, lá estão os lírios dos ventos... Colhe-os e dá aos teus irmãos como símbolo da tua alegria, da tua paz de espírito.

E lembra: o tempo de aprender são aqueles que te lembram que o perdão deve estar presente, dia a dia, para que possas renascer,a cada momento, da tua própria luz,da tua própria sabedoria.

Sê feliz, e agradece por tudo que te é dado, és abençoado pelo simples fato de estares aqui.

Texto retirado de mensagem do site : estacãodapaz.




Versos...



Canção do Medo

Esse silêncio, essa voz
Que murmura brevemente
Em horas improváveis,
Esse castigo de não te alcançar
Me assusta:
De que tamanho este iniciante amor
Que já me invade tanto, e aonde me leva?


De tal modo
Me torna parte de ti
Que não sei mais quem sou que faço,
De que lado me volto para te ver
De longe ao menos, os olhos de promessa
E as mãos que, mal tocando a minhas,
Conformam os meus dias.
(Lya Luft)

segunda-feira, 5 de março de 2007

E-mail que recebi...



Oieeee

Fiquei mto feliz hj qdo fui olhar meu e-mail e tinha este e-mail que recebi da dupla Victor e Léo!

Dupla que tô viciada agora... hehe

Tô postando não pq recebi um e-mail deles ou do pessoal encarregado disso mais sim pelo conteúdo que caiu bem no que estou passando...

Espero que gostem!

Super Bju


"Nasce o sol e a chance que você estava esperando, pode surgir. Não poderá surgir ao acaso. Surgirá apenas como fruto de sua fé, de sua vontade e de suas ações. Quando prática e fé misturam-se, algo realmente acontece na sua vida. Seja feliz praticando e acreditando no amor, em qualquer lugar ou hora. Não é sempre tão simples mas podemos sempre tentar.Nossa intenção em praticar música só tem sentido por acreditarmos que, cantando, dividimos com você, o que pode haver de melhor em nossa alma e sentimento.Por isso, em cada cidade e coração que visitarmos através de nossa música, tentaremos fazer de uma única chance, um eterno momento!" (Victor Chaves)



domingo, 4 de março de 2007

" Amor é... talvez não seja amor... e sim um simples pulsar descompassado do meu coração que teima em brincar comigo... "



"Ao passo que AMAR eu posso até a hora de morrer. AMAR não acaba. É como se o mundo estivesse a minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera."
(C. Lispector)


Meu coração adora me pregar peças! Pode passar o tempo que for que ele adora brincar de se apaixonar. E sempre pelos caras mais "complicados"... Ops pra que eu tô falando isso...
É mas agora vem mais uma, e o jeito e esperar o tempo passar, pois só ele que me faz companhia nesses amores da vida...
Falando nisso eis ai uns trechos das músicas que embalam o pulsar do meu coração... vixi são tantas...

Amores são coisas da vida... (Jorge e Mateus)
Eu sou o brilho dos teus olhos ao me olhar.... (Victor e Léo)
E cada vez que eu fujo eu me aproximo mais... (Ana Carolina)

E eu só penso em vc com a força do coração, cada segundo que passa aumenta a minha paixão... (João Neto e Frederico)
Teus sinais me confundem da cabeça aos pés, mas por dentro eu te devoro... (Djavan)


Amor Perigoso - Jorge e Mateus

Já cansei de avisar o meu coração pra
ele tomar cuidado com essa paixão.
Amor quando é de mais é um campo minado.
Se explodir uma vez... coração sai machucado
Amor é bonito é gostoso mais é
perigoso,tem que saber amar
Ficar sem amor não consigo, sei que é um
perigo, posso me machucar.
Vai com calma coração, se cuida com essa paixão
O amor é lindo e gostoso mais é perigoso, se cuida coração.
O amor é lindo e gostoso mais é perigoso,
se cuida coração.
Coração apaixonado, só quer amor, não tem medo de nada
Não sabe o que é certo, não sabe o que é errado
Só quer amor, coração apaixonado.