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segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

*\o/* Bem Vindo 2 0 0 8 *\o/*

Este ano está se despedindo e deixando saudades.
Tenho certeza que se você observar
atentamente tudo que passou nodecorrer deste ano,
terás muito a agradecer.

Pegue todas as derrotas e transforme-as em pequenas batalhas
que no confronto com a vida,você deixou de vencer,
mas que certamente,a guerra já está ganha,
visto que chegou até aqui eestá apto a receber um novo ano,
com seus desafios e incógnitas,
e viver muito cada segundo
desta esplêndida jornada,
que DEUS está a lhe proporcionar
com novas esperanças.

Somos vencedores,
conseguimos superar mais um ano,
enquanto tantos ficaram pelo caminho.

A felicidade.. a paz, na maioria das vezes,
depende somente de nós alcança-las,
de acordo com nossas escolhas e
dos caminhos que porventura decidimos percorrer.

Lhe desejo tudo o que há de belo
no mundo.... um ano novo cheio de paz...
muito amor.. calor... paixão..cor.. música..
sol.. brisa.. aconchego..mar...amizade.. sonhos,
e que se realizem todos plenamente;

Trabalho... prosperidade.. sucesso
,para que continue a ser este
" Ser " digno e honrado que és;

Saúde.. para poder curtir e usufruir
tudo que a vida possa lhe proporcionar...

**FELIZ ANO NOVO!

"Ano Novo ainda"

O Ano Novo ainda não tem pecado:
É tão criança...
Vamos embalá-lo...
Vamos todos cantar juntos
em seu berço de mãos dadas,
A canção da eterna esperança."

Mário Quintana

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Amor, que o gesto humano na alma escreve

Amor, que o gesto humano na alma escreve,
Vivas faíscas me mostrou um dia,
Donde um puro cristal se derretia
Por entre vivas rosas e alva neve.

A vista, que em si mesma não se atreve,
Por se certificar do que ali via,
Foi convertida em fonte, que fazia
A dor ao sofrimento doce e leve.

Jura Amor que brandura de vontade
Causa o primeiro efeito; o pensamento
Endoudece, se cuida que é verdade.

Olhai como Amor gera, num momento
De lágrimas de honesta piedade,
Lágrimas de imortal contentamento.

**Luís Vaz de Camões

## Sala de Rima ##

Dedos teimosos sempre pedem.
Inspiração nessas páginas.
Num rio de letras percorrem,
A linha de dores eternas.

Quis fugir da teia poeta
Caí no chão frio de pedra
Fiquei só, sem minha caneta...
mal viver sem nenhuma letra?

Subi então, pelo rascunho.
Devagar voltei...minha casa.
Na varanda da rima sentei.

Gostoso pelo próprio punho
Mais escrever, criando asa.
Voar e poder dizer: Sonhei.

**Fernando Linhares

## Poesia ##

Se todo o ser ao vento abandonamos
E sem medo nem dó nos destruímos,
Se morremos em tudo o que sentimos
E podemos cantar, é porque estamos
Nus em sangue, embalando a própria dor

Em frente às madrugadas do amor.
Quando a manhã brilhar refloriremos
E a alma possuirá esse esplendor
Prometido nas formas que perdemos.

Aqui, deposta enfim a minha imagem,
Tudo o que é jogo e tudo o que é passagem.
No interior das coisas canto nua.

Aqui livre sou eu — eco da lua
E dos jardins, os gestos recebidos
E o tumulto dos gestos pressentidos
Aqui sou eu em tudo quanto amei.

Não pelo meu ser que só atravessei,
Não pelo meu rumor que só perdi,
Não pelos incertos atos que vivi,

Mas por tudo de quanto ressoei
E em cujo amor de amor me eternizei.

** Sophia de Mello Breyner Andresen

domingo, 30 de dezembro de 2007

Poema Começado no Fim

Um corpo quer outro corpo.
Uma alma quer outra alma e seu corpo.
Este excesso de realidade me confunde.
Jonathan falando:

parece que estou num filme.
Se eu lhe dissesse você é estúpido ele diria sou mesmo.
Se ele dissesse vamos comigo ao inferno passear eu iria.
As casas baixas, as pessoas pobres, e o sol da tarde,

imaginai o que era o sol da tarde sobre a nossa fragilidade.
Vinha com Jonathan pela rua mais torta da cidade.
O Caminho do Céu.


Adélia Prado

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Amor High Tech

Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o inicio deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.
O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.
A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos.
Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino.
A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei.
Se sou mansa, ele deve ser agressivo, e assim por diante.Uma idéia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.
A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.
Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração.
Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem. O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou.
Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo. O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral. A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado.
Visa à aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade. Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva. A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso.
Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem.
Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado.
Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém. Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto. Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal. Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro.
Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um. O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado.
Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.
June Alves

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

"...Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação, porque sua consciência é o que você é,e sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é problema deles."

Siga seu coração...

Correio Feminino - Clarice Lispector

"As pessoas que se comprazem no sofrimento, que gostam de sentir-se infelizes e fazer aos outros infelizes, jamais poderão orgulhar-se de sua beleza. O mau humor, o sentimento de frustração, a amargura marcam a fisionomia, apagam o brilho dos olhos, cavam sulcos na face mais jovem, enfeiam qualquer rosto. Essa é a razão porque a mulher, que cultiva a beleza, deve esforçar-se para ser feliz. Felicidade é estado de alma, é atmosfera, não depende de fatos ou circunstâncias externas.”

A bela e a fera - Clarice Lispector

“Eu queria iniciar uma experiência e não apenas ser vítima de uma experiência não autorizada por mim, apenas acontecida. Daí minha invenção de um personagem. Também quero quebrar, além do enigma do personagem, o enigma das coisas.”

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Minhas queridas - Clarice Lispector 2007

“o que tem me perturbado intimamente é que as coisas do mundo chegaram para mim a um certo ponto em que eu tenho que saber como encará-las, quero dizer, a situação da guerra, a situação das pessoas, essas tragédias. Sempre encarei com revolta. Mas ao mesmo tempo sinto necessidade de fazer alguma coisa, sinto que não tenho meios. Você diria que eu tenho, através do meu trabalho. Eu tenho pensado muito nisso e não vejo caminho, quer dizer, um caminho verdadeiro.”

## Estrela Perigosa ##

Estrela perigosa
Rosto ao vento
Barulho e silêncio
Leve porcelana
Templo submerso
Trigo e vinho
Tristeza de coisa vivida
Árvores já floresceram
O sal trazido pelo vento
Conhecimento por encantação
Esqueleto de idéias
Ora pro nobis
Decompor a luz
Mistério de estrelas
Paixão pela exatidão
Caça aos vagalumes.
Vagalume é como orvalho
Diálogos que disfarçam
Conflitos por explodir
Ela pode ser venenosa
Como às vezes o cogumelo é.

No obscuro erotismo de vida cheia
Nodosas raízes.
Missa negra, feiticeiros.
Na proximidade de fontes,
Lagos e cachoeiras
Braços e pernas e olhos,
Todos mortos se misturam
E clamam por vida.
Sinto a falta dele
Como se me faltasse
Um dente na frente:
Excrucitante.
Que medo alegre,
O de te esperar.

[Clarice Lispector]

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Me inspiro no brilho do teu olhar
Me alegro com o teu sorrir
Não sei o que está por vir
Mas nunca deixarei de amar

(Poeta de uma Lágrima em Pétalas de Rosa)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Hoje,


Uma poesia.... não em palavras.. mas em gestos....


"ATITUDE"


Viva Mais...

Ame Mais...

Sorria Mais...


"ABRACE MAIS "....

TUDO PASSA

Aquela moça graciosa e bela
Que passa sempre de vestido escuro
E traz nos lábios um sorriso puro,
Triste e formoso como os olhos dela...

Diz que su'alma tímida e singela
Já não tem coração: que o mundo impuro
Para sempre o matou... e o seu futuro
Foi-se n'um sonho, desmaiada estrela.

Ela não sabe que o desgosto passa
Nem que do orvalho a abençoada graça
Faz reviver a planta que emurchece.

Moça! nas almas juvenis, formosas,
Berço sagrado de jasmins e rosas,
O coração não morre: ele adormece...

Soneto da Exaltação

Olhas nos olhos meus. E eu vejo neste instante
toda a terra subir a um céu que desconheço.
Olho nos olhos teus. E fica tão distante o mundo:
e todo o fel que ele contém, esqueço.

Sorris... e, contemplando o teu lindo semblante,
o ideal de minha vida, enfim, eu reconheço.
Falas... ouço-te a voz, e, impetuosa, radiante,
num gesto de ternura, os lábios te ofereço.

Beijas a minha boca. E neste beijo grande
- como uma flor que ao sol desabrocha e se espande -,
todo o meu ser palpita e freme e vibra e estua.

Tudo é um sonho, no entanto; o teu beijo... o meu crime.
Mentirosa ilusão! Pobre ilusão que exprime
somente o meu desejo imenso de ser tua!

Amparo Oculto

Não lamentes, alma boa,
Contratempo que aconteça,
Que a luta não te esmoreça,
Nada existe sem valor;

Aquilo que te parece
Um desencanto de vulto
É sempre socorro oculto
Que desponta em teu favor.

Em muitas ocasiões,
Sofres ante os próprios gritos,
Abafados nos conflitos
Das tentações a transpor...

É o fel do orgulho ferido,
A Rebeldia, a Tristeza,
As Lutas da natureza,
Agindo em nome do Amor.

Mundo grande

Não, meu coração não é maior que o mundo. É muito menor. Nele não cabem nem as minhas dores. Por isso gosto tanto de me contar. Por isso me dispo, por isso me grito, por isso freqüento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias: preciso de todos.

Sim, meu coração é muito pequeno. Só agora vejo que nele não cabem os homens. Os homens estão cá fora, estão na rua. A rua é enorme. Maior, muito maior do que eu esperava. Mas também a rua não cabe todos os homens. A rua é menor que o mundo. O mundo é grande.

Tu sabes como é grande o mundo. Conheces os navios que levam petróleo e livros, carne e algodão. Viste as diferentes cores dos homens, as diferentes dores dos homens, sabes como é difícil sofrer tudo isso, amontoar tudo isso num só peito de homem... sem que ele estale.

Fecha os olhos e esquece. Escuta a água nos vidros, tão calma, não anuncia nada. Entretanto escorre nas mãos, tão calma! Vai inundando tudo... Renascerão as cidades submersas? Os homens submersos – voltarão?

Meu coração não sabe. Estúpido, ridículo e frágil é meu coração. Só agora descubro como é triste ignorar certas coisas. (Na solidão de indivíduo desaprendi a linguagem com que homens se comunicam.)

Outrora escutei os anjos, as sonatas, os poemas, as confissões patéticas. Nunca escutei voz de gente. Em verdade sou muito pobre.

Outrora viajei

Beijos Doces
Confiança
Para viver cada momento precisamos confiar no futuro e nos libertar das expectativas, apreensões e preocupações com o que virá. Liberte-se da necessidade de fazer funcionar as coisas. Não deixe de ter planos, mas viva o presente e permita que o futuro venha até você. Confiar é ser incondicional, desapegado e livre de dependência. A confiança nos aproxima do estado de espírito mais liberto, independente e feliz que caracteriza a aceitação.
Roger Cole, Missão de Amor, Editora Gente, 2001
"Há pessoas que nos falam e nem as escutamos; Há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidas e nos marcam para sempre."

Cecília Meireles