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domingo, 30 de dezembro de 2007

Poema Começado no Fim

Um corpo quer outro corpo.
Uma alma quer outra alma e seu corpo.
Este excesso de realidade me confunde.
Jonathan falando:

parece que estou num filme.
Se eu lhe dissesse você é estúpido ele diria sou mesmo.
Se ele dissesse vamos comigo ao inferno passear eu iria.
As casas baixas, as pessoas pobres, e o sol da tarde,

imaginai o que era o sol da tarde sobre a nossa fragilidade.
Vinha com Jonathan pela rua mais torta da cidade.
O Caminho do Céu.


Adélia Prado

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